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Atraso

Tava pensando no atraso. Ele faz bem porque pode  evitar um acaso sem culpa. Pode celebrar a vida no paraíso ou evitar a causa do falecido....

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Nina

Ela. Sempre ela. Gênero, personagem sem nome. Ela, um ser qualquer de qualquer espécie. Sente o que vê. Vê o quê? Um cãozinho do sexo feminino tão pequenininho querendo. Querendo ? O quê? Carinho, comida. Será só isto?

O serzinho é uma cadelinha minúscula,  orelhinhas pequenininhas caídas, carinha alegre, rabinho elétrico e perninhas curtinhas. Tudo inha. E Ela , o serzão, caminha pelo seu mundinho, e o serzinho vai atrás mordiscando seu calcanhar pra lá, pra cá... Desiste. Ela se sente aliviada. Tudo sob controle. Ah, tem outro ser. Humano do gênero masculino. Pequeno. Criança como a Nina. O nome da cadelinha é Nina. Esta espécie tem nome. O ser pequeno, masculino quer sua atenção. Quer lhe mostrar um desenho  que coloriu. Desenhos. Desenhos de seres. Seres inanimados. Borrados numa pintura de criança que enxerga a vida numa simplicidade comum.

E estes seres todos habitam num pequeno mundo fechado com grades, conveniências criadas para melhor conviver e sobreviver porque lá fora...

Lá fora uns babacas seres humanos calculam uma ou várias barbaridades. Seres humanos? Só porque tem cabeça, tronco e membros semelhantes aos outros considerados da mesma espécie? Os cientistas têm que rever isto! São aberrações sobrenaturais.Sim, pois que na natureza, natural é a sobrevivência.

E  Ela não sonha mais. Não vê uma flor no fim do túnel, visto que a luz ofusca. O mundo sem cor é pior que a escuridão.

Decifre a crueldade dos seres classificados como seres humanos. Traduza em relatos da Ciência, Psicologia, Teologia, Filosofia e tudo que tenha preceitos e conceitos. Explique na luz do dia, noites enluaradas, eurecas, etc em qual classe estes seres estão.

E você  se pergunta : quem está falando? Do quê se trata esse blá-blá-blá? Maldades em geral. Principalmente contra seres indefesos, dóceis como os cães e  crianças.Quem está falando? Uma voz qualquer. Um grito surdo. Simplório, ingênuo aos seus olhos em vista a tantos outros problemas. Talvez a voz de uma criança , de uma civilização alienígena de cães com cérebros desenvolvidos que lutam pros seus direitos ou uma legião de anjos encarnados em cães. Vai saber! Escolha uma classificação ou invente. Imaginação.

Pensa... Ela pensa demais. E no peito uma dor sufocante trespassa o pensamento. O mundo pesa, pensamentos confusos saltitam e se misturam aos outros. Se fotografassem seus pensamentos, um mosaico inerte pareceria, talvez pareceria umas ondas desfocadas da TV sem antena, só que paradas. Pensa que, e se misturassem todos os pensamentos do mundo? Maldades. Mosaico sem forma.

Mas Ela, um ser do mundo formal, com família, gato, cachorrinha está presa dentro de uma casa a andar pra lá, pra cá... limpar cocô, xixi de cachorrinho novo encontrado abandonado com seu irmãozinho preto macho numa caixa de papelão na calçada perigosa. E foram dois adolescentes que os encontraram. A menina foi pedir à mãe, que permitiu. O menino, que não era irmão dela, não conseguiu resgatar o outro animalzinho. A menina preferiu a fêmea. O macho já em menos de minutos já tinha outro dono.

O gato Salém, e a Moly(outra cachorrinha) tiveram que "engolir" a Nina. Não literalmente, claro, visto que Nina é minúscula! Mas que o Salém exercita diariamente o famoso tapa de gato... Coitada da Nina!

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Imagens do dia

Fluir
imagens do
dia

percorrer

faixa

voltar

perigo


pés apertados

nós que   nos afastam


olhos marejados

torturante
morte
inocente

dos planos
que saciavam
um ideal

E o vento?
 as nuvens?

Calmas
velozes
segundas -feiras

acabou...

inicia novamente
cabelos
unhas roxas
negras

e...

acaba

inicia

e...

acaba

inicia


lugar