Sonhos quebrados

Tá tudo certo
Sai do caminho
Sai do meu tempo
Mas não investigue
Não deteriore os sonhos
Fique no encalço
Na barra do rio revolto

Meu dilema é a poesia
Que não cala
Que se embriaga
De interrogações
De cascatas de
Sonhos quebrados
Em cacos irrecuperáveis

Sou do prazer de encarar
Segundas  feiras embaralhadas
Em algodão doce

Sou do tempo que nascer
Simbolizava apontar o
Mundo espelhado de
Esperança!

Mas o verde dessa esperança
Amarelou
Se tornou folha seca

Que tal chover o acaso?

Vazio

Mais uma vez!
Consequências copiadas
Do que não se fez

Mais uma vez!
Dívidas vencidas
Com juros injustos

Mais uma vez!
A fé desanda exausta
Tentando levantar

Cansaço
Desesperança
Rendição

Vazio...

É fácil

A vida gera carmas indeterminados que mais parecem juros de cartão de crédito! Nunca acabamos de saldar! Vai acumulando que chega ao ponto de não conseguirmos eliminar! Quando a gente pensa em fazer acordo sempre perdemos.

Há muitos anos ,desde que nasci tento pagar esta dívida! A dívida de existir numa sociedade tomada pelo ter e a troca do que não possuir!

É fácil falar em escolhas quando as opções diferem ! É fácil falar em oportunidades quando elas não passam perto! É fácil falar em correr  atrás quando o meio de transporte supera as pernas!

E o barco está à deriva! Os remos quebraram!