Terra,
a lua em volta
evecção
Lua
satélite
a luz da Terra
é o seu sol
Sua órbita desloca
Não se encontram
nem se tocam
mesmo assim se iluminam
Sua órbita desloca
qual destino sem pressa
provocando mudança
Postagem em destaque
Atraso
Tava pensando no atraso. Ele faz bem porque pode evitar um acaso sem culpa. Pode celebrar a vida no paraíso ou evitar a causa do falecido....
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Noite seca
Cemitério
latido de cachorro
na noite seca
Sons desertos
Medo de fantasmas
capricha o arado da vida
Doenças e manhas
nas manhãs ensolaradas
cutucam o dia a dia
Chover lágrimas
alavancar o remorso
de abdicar da vida
Correr no telhado
o frescor da brisa
desvanecer a lida
latido de cachorro
na noite seca
Sons desertos
Medo de fantasmas
capricha o arado da vida
Doenças e manhas
nas manhãs ensolaradas
cutucam o dia a dia
Chover lágrimas
alavancar o remorso
de abdicar da vida
Correr no telhado
o frescor da brisa
desvanecer a lida
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Resíduos
No salutar labutar mais um dia que cheira a detergente e água sanitária. Também cheira a perfume infantil. Se envolve nesta mistura de aromas, o cheiro de alho e cebola. Cheiros comuns de dias comuns mas que alimentam. Também inquietam sons do começo do dia como os dos pássaros na mangueira saldando a luz que desponta. É uma algazarra só. Incomoda, acorda.
E os sons vão chegando diferenciados e por fim misturados formando o dia.
O odor do café fresco e os sons se misturam em cores e ansiedade.
Vai começar a dança e trabalho das letras como moléculas aquecidas.
É o dia.
Mas pessoas tentam sair dessa rotina. Tudo poderia acontecer se não fosse o frio. Paisagens e acampamentos, noites mal dormidas.
E, na barraca, de dia, dormem. Pessoas cansadas da rotina.
Numa suposta área preservada mas com piscina e camping desmatado,estas pessoas pensam que respiram tentando se entrelaçar à natureza.
No café produtos urbanos. No almoço enlatados e frutas intoxicadas. Verduras temperadas com saquinhos com marcas japonesas.Piscinas cloradas misturadas a amônia.
Vão embora, deixam nos lugares cheiros de sabonete, bronzeadores, protetores solares, tocos de cigarros, latinhas de cerveja, sardinhas, salsichas. Enfim, deixam resíduos urbanos.
E, mesmo tentando, nunca esta rotina é descartada. A vida é indústria. E invade o mato. Músicas enganam, suavizam a origem de tudo.
O frio despede o ânimo e movem folhas enfumaçadas que caem e se juntam com restos de indústria e formam palavras soltas, sem coesão e coerência do objetivo: fuga.
Não há como fugir da incivilizada civilização.
E os sons vão chegando diferenciados e por fim misturados formando o dia.
O odor do café fresco e os sons se misturam em cores e ansiedade.
Vai começar a dança e trabalho das letras como moléculas aquecidas.
É o dia.
Mas pessoas tentam sair dessa rotina. Tudo poderia acontecer se não fosse o frio. Paisagens e acampamentos, noites mal dormidas.
E, na barraca, de dia, dormem. Pessoas cansadas da rotina.
Numa suposta área preservada mas com piscina e camping desmatado,estas pessoas pensam que respiram tentando se entrelaçar à natureza.
No café produtos urbanos. No almoço enlatados e frutas intoxicadas. Verduras temperadas com saquinhos com marcas japonesas.Piscinas cloradas misturadas a amônia.
Vão embora, deixam nos lugares cheiros de sabonete, bronzeadores, protetores solares, tocos de cigarros, latinhas de cerveja, sardinhas, salsichas. Enfim, deixam resíduos urbanos.
E, mesmo tentando, nunca esta rotina é descartada. A vida é indústria. E invade o mato. Músicas enganam, suavizam a origem de tudo.
O frio despede o ânimo e movem folhas enfumaçadas que caem e se juntam com restos de indústria e formam palavras soltas, sem coesão e coerência do objetivo: fuga.
Não há como fugir da incivilizada civilização.
sábado, 24 de setembro de 2011
Enlatado
Todos os dias, sonhos
amanhecidos
Esquecidos no armário do porão
Retalhos de sorrisos entremeados de desilusão
Sorrisos dissimulados, amarelados
E o amor tão esperado está na geladeira num enlatado
E num canto esquecido da solidão
sentimentos aprisionados lacrados, compactados
com o prazo de validade vencido!
O sonho está encardido pelo tempo
esquecido na paisagem da janela do trem...
amanhecidos
Esquecidos no armário do porão
Retalhos de sorrisos entremeados de desilusão
Sorrisos dissimulados, amarelados
E o amor tão esperado está na geladeira num enlatado
E num canto esquecido da solidão
sentimentos aprisionados lacrados, compactados
com o prazo de validade vencido!
O sonho está encardido pelo tempo
esquecido na paisagem da janela do trem...
Toca
Saia dessa cama
manhosa
O quintal tá lavado
de folhas secas
O dia promete
Promete reciclar
a vida na janela
olhe o céu visto
de dentro
Não pise nas folhas
secas
Elas emprestam a
cavidade do seu ser
Entre nessa cavidade
remova as folhas secas
do chão
Encontre o anel
perdido
que não cabe no seu dedo
Reponha no armário
Saia do buraco
Cavidade sem água
Toca do coelho
Frescor da manhã
Essas folhas secas acolhem
seu ser escondido
na toca quentinha do coelho
Cuidado com os predadores
asas é que não lhes faltam
Também unhas e dentes afiados
manhosa
O quintal tá lavado
de folhas secas
O dia promete
Promete reciclar
a vida na janela
olhe o céu visto
de dentro
Não pise nas folhas
secas
Elas emprestam a
cavidade do seu ser
Entre nessa cavidade
remova as folhas secas
do chão
Encontre o anel
perdido
que não cabe no seu dedo
Reponha no armário
Saia do buraco
Cavidade sem água
Toca do coelho
Frescor da manhã
Essas folhas secas acolhem
seu ser escondido
na toca quentinha do coelho
Cuidado com os predadores
asas é que não lhes faltam
Também unhas e dentes afiados
Demência
Palavras inéditas
Signos sinuosos sem
inovação
Calar o calor
dos sonhos utópicos
Sonhos
Idílios
Utensílios repletos de sons
inertes
Poema
palavra gasta
Vasta de uso
desusada
Espalha a nata
e a gema
Pungente
Lava a alma contente
Palavras soltas
sem coerência
É o lema do almejado
poema
Recentes
Dementes rimas sem
coesão
Esta é sua marca da mão.
Signos sinuosos sem
inovação
Calar o calor
dos sonhos utópicos
Sonhos
Idílios
Utensílios repletos de sons
inertes
Poema
palavra gasta
Vasta de uso
desusada
Espalha a nata
e a gema
Pungente
Lava a alma contente
Palavras soltas
sem coerência
É o lema do almejado
poema
Recentes
Dementes rimas sem
coesão
Esta é sua marca da mão.
Ogros
Martelo
som da discórdia
do engolir e fixar
o ego no fogo
Vem som
que arde
provoca
desloca
Este som
tá em você
que não se satisfaz
Perfeição
é asco
intocável desejo
de se isolar
Eterno som
de risos móbidos
escuro dos seus olhos
Som que arde a pele
provém de células
rebeldes
Descascar a língua
envolta de lodo
e reaparecer
o absurdo
Absurdo daquilo que
está dentro
arrancando safras
de Belos ogros
som da discórdia
do engolir e fixar
o ego no fogo
Vem som
que arde
provoca
desloca
Este som
tá em você
que não se satisfaz
Perfeição
é asco
intocável desejo
de se isolar
Eterno som
de risos móbidos
escuro dos seus olhos
Som que arde a pele
provém de células
rebeldes
Descascar a língua
envolta de lodo
e reaparecer
o absurdo
Absurdo daquilo que
está dentro
arrancando safras
de Belos ogros
Mormaço
O mormaço dos teus olhos cansados
me intriga de solidão
Vejo-te no espelho
Olho-te cabisbaixa
calculando o tamanho
do sorriso reprimido e sem graça
No quarto o espelho
de sua alma reluz
as lágrimas que lavam seu rosto
O mesmo perdido no espelho escuro
Quanta tristeza
coube neste espelho!
Quantas marcas surgiram
desse teu olhar circulado
por escuras sombras
embassando a juventude
A alegria corre de ti
e o acaso tropeçado de ansiosidade
congelado e descongelado
a cada face do espelho
Olhe os cacos de espelho no chão
São sua face despedaçada em
dezenas de pedaços
grandes, pequenos, minúsculos
microscópios
Estão no chão
Recolha seus cacos
emende-os
Não ficará igual
São como as marcas do teu rosto
Recolha seus olhos
seu sorriso amarelo
Pendure no armário
Você é caco de espelho
emendado!
me intriga de solidão
Vejo-te no espelho
Olho-te cabisbaixa
calculando o tamanho
do sorriso reprimido e sem graça
No quarto o espelho
de sua alma reluz
as lágrimas que lavam seu rosto
O mesmo perdido no espelho escuro
Quanta tristeza
coube neste espelho!
Quantas marcas surgiram
desse teu olhar circulado
por escuras sombras
embassando a juventude
A alegria corre de ti
e o acaso tropeçado de ansiosidade
congelado e descongelado
a cada face do espelho
Olhe os cacos de espelho no chão
São sua face despedaçada em
dezenas de pedaços
grandes, pequenos, minúsculos
microscópios
Estão no chão
Recolha seus cacos
emende-os
Não ficará igual
São como as marcas do teu rosto
Recolha seus olhos
seu sorriso amarelo
Pendure no armário
Você é caco de espelho
emendado!
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Imperfeita
Luz
Palavra entediante
Porque o belo tudo acende
Encontre uma palavra horrenda
Aquela que ninguem diz
Discriminada
Guardada no porão do inferno
É essa que eu quero
Chocar
chocar um ovo
Que guarda a verdadeira
essência do vir
O vir feio
diferente
Quero a rima sem nexo
A palavra torta
Imperfeita
Saia daí
Se mostre
Você existe
Nasça
Floresça
Quero a palavra feia
escondida
porque o feio fica no porão do
inferno
Sem rima, sem nexo
profundo em nossa essência
A essência do vir
Imperfeita
horrenda
flor marginalizada
Palavras também vivem no subúrbio
Palavra entediante
Porque o belo tudo acende
Encontre uma palavra horrenda
Aquela que ninguem diz
Discriminada
Guardada no porão do inferno
É essa que eu quero
Chocar
chocar um ovo
Que guarda a verdadeira
essência do vir
O vir feio
diferente
Quero a rima sem nexo
A palavra torta
Imperfeita
Saia daí
Se mostre
Você existe
Nasça
Floresça
Quero a palavra feia
escondida
porque o feio fica no porão do
inferno
Sem rima, sem nexo
profundo em nossa essência
A essência do vir
Imperfeita
horrenda
flor marginalizada
Palavras também vivem no subúrbio
Mesa
Dona mesa não é mais a mesma
abarrotada, ocupada, parece intelectual
Sobre ela abriga livros, sonho dourado
Ressuscitado
Ela passou um tempo vazia e triste, dona mesa
abarrotada, bagunçada, empolgada.
(adaptação do poema de Mário Quintana"cômoda")
abarrotada, ocupada, parece intelectual
Sobre ela abriga livros, sonho dourado
Ressuscitado
Ela passou um tempo vazia e triste, dona mesa
abarrotada, bagunçada, empolgada.
(adaptação do poema de Mário Quintana"cômoda")
Destrambelhar
Perguntas
sem respostas
Pouco caso
Insatisfação
Momento do
palavrão
Perder a estribeira
Soltar as amarras
da boa
educação!
Dizer não!
Destrambelhar
permitir esvaziar
Ando cheia
de mim!
Me entupiram
de coisas
que não permiti
Dizer não!
sem respostas
Pouco caso
Insatisfação
Momento do
palavrão
Perder a estribeira
Soltar as amarras
da boa
educação!
Dizer não!
Destrambelhar
permitir esvaziar
Ando cheia
de mim!
Me entupiram
de coisas
que não permiti
Dizer não!
Poesia existencial
Ora, humanos,
A vida lhe é dada em
diversas espécies
Tantos são os desejos de se tornarem
Deus sem com isso explicar
de onde surgiu o único ponto não explodido,
o Big-bang...
Que ciência explica o universo, a natureza?
O Big-bang?
Que explosão foi essa do nada?
De onde veio?
Fragmentos de explosão é o que vocês são.
Do silêncio você surgiu, onde tudo começou
e fragmentos de poeira que não assentou
Juntando todos e tudo será formado um único ponto.
A vida lhe é dada em
diversas espécies
Tantos são os desejos de se tornarem
Deus sem com isso explicar
de onde surgiu o único ponto não explodido,
o Big-bang...
Que ciência explica o universo, a natureza?
O Big-bang?
Que explosão foi essa do nada?
De onde veio?
Fragmentos de explosão é o que vocês são.
Do silêncio você surgiu, onde tudo começou
e fragmentos de poeira que não assentou
Juntando todos e tudo será formado um único ponto.
Faces
Hoje é o dia.
Sirva-se dele, crie coragem e caminhe alegremente.
Acalme-se, é feriado, amanhã também.
Prorrogue esta alegria de conter o riso de si mesma. ´
É covardia
Quanta modéstia cabe neste ninho fabricado pelos seus passos.
Não sei se choro ou se rio desse seu jeito Quixote. Não sei se você é ingênua ou ridícula ou as duas coisas.
Sei que riem de você.
Seja brava, colega,.
Não deixem que pisoteiem seu ego.
Egocentrismo às vezes é bom.
Olhe, o dia acabou.
A anestesia também.
Agora somos nós face a face com a verdade.
Quem é você?
Buscou-te hoje em quê?
Criou seu personagem?
Agradou a quem?
Que caneta afiada em tinta preta revelou teu ser?
Olhe, o lenitivo das palavras sufocam a paisagem de sua estrada.
O entardecer fabrica a cautela do parecer.
É o melhor do dia.
Prepara-te para guardar a roupa do personagem.
A noite espera o despir e revelar o verdadeiro ser.
Pesadelos e asco.
Cadê você, colega?
Que tantas faces você tem?
Sirva-se dele, crie coragem e caminhe alegremente.
Acalme-se, é feriado, amanhã também.
Prorrogue esta alegria de conter o riso de si mesma. ´
É covardia
Quanta modéstia cabe neste ninho fabricado pelos seus passos.
Não sei se choro ou se rio desse seu jeito Quixote. Não sei se você é ingênua ou ridícula ou as duas coisas.
Sei que riem de você.
Seja brava, colega,.
Não deixem que pisoteiem seu ego.
Egocentrismo às vezes é bom.
Olhe, o dia acabou.
A anestesia também.
Agora somos nós face a face com a verdade.
Quem é você?
Buscou-te hoje em quê?
Criou seu personagem?
Agradou a quem?
Que caneta afiada em tinta preta revelou teu ser?
Olhe, o lenitivo das palavras sufocam a paisagem de sua estrada.
O entardecer fabrica a cautela do parecer.
É o melhor do dia.
Prepara-te para guardar a roupa do personagem.
A noite espera o despir e revelar o verdadeiro ser.
Pesadelos e asco.
Cadê você, colega?
Que tantas faces você tem?
sábado, 17 de setembro de 2011
ALMA DE POETA
A POESIA SURGE DO INCONSCIENTE
POR ISSO O POETA AS VEZES DEMORA
ENTENDER O QUE ELE PRÓPRIO ESCREVEU
EM SEGUNDOS SURGEM
PALAVRAS AUTOMÁTICAS COMO PINCELADAS
DE TINTA.
DEPOIS O PRÓPRIO POETA
CONHECE O QUE ESTÁ NA ALMA
BROTA DE DENTRO E FLORESCE EM
POESIA
TRISTE
ALEGRE
DEPRIMIDA
ESPERANÇOSA
CONTESTADORA
É ESSA A ALMA DO POETA!
A POESIA SURGE DO INCONSCIENTE
POR ISSO O POETA AS VEZES DEMORA
ENTENDER O QUE ELE PRÓPRIO ESCREVEU
EM SEGUNDOS SURGEM
PALAVRAS AUTOMÁTICAS COMO PINCELADAS
DE TINTA.
DEPOIS O PRÓPRIO POETA
CONHECE O QUE ESTÁ NA ALMA
BROTA DE DENTRO E FLORESCE EM
POESIA
TRISTE
ALEGRE
DEPRIMIDA
ESPERANÇOSA
CONTESTADORA
É ESSA A ALMA DO POETA!
QUANDO SE APAGA UMA VELA
A vida é uma vela acesa
Queimando,...Queimando...
De repente...a sua luz enfraquece...apaga, não
apaga...
É a luta da vida com a morte!
A morte é mais forte...
A vela se apaga, deixando resto de parafina
lembranças.
Há momentos que a vela, por força do vento
se apaga bruscamente...
Morte prematura, inesperada!
Mas ficou um toco de vela
Era tudo que se poderia viver
Ficou incompleta!
A vida é uma vela acesa
Queimando,...Queimando...
De repente...a sua luz enfraquece...apaga, não
apaga...
É a luta da vida com a morte!
A morte é mais forte...
A vela se apaga, deixando resto de parafina
lembranças.
Há momentos que a vela, por força do vento
se apaga bruscamente...
Morte prematura, inesperada!
Mas ficou um toco de vela
Era tudo que se poderia viver
Ficou incompleta!
Camuflagem
Camuflagem
O muro camufla a Lua
que aponta
se esconde
A vida revela
o outro lado
iluminado pela Lua
Vida: Lua livre
iluminando além
do muro
Palavras soltas
além do muro
iluminam
Palavras, Lua
muro, liberdade.
O muro camufla a Lua
que aponta
se esconde
A vida revela
o outro lado
iluminado pela Lua
Vida: Lua livre
iluminando além
do muro
Palavras soltas
além do muro
iluminam
Palavras, Lua
muro, liberdade.
A poesia quer chegar
DESLIGUE O FOGO DO FEIJÃO
APAGUE O FOGO DAS PANELAS
QUE A POESIA QUER CHEGAR
Chegar para alimentar
Chegar para baratinar
DESLIGUE O FOGO DO FEIJÃO
APAGUE O FOGO DAS PANELAS
QUE A POESIA QUER CHEGAR
Chegar para cavucar
chegar para encontrar
DESLIGUE O FOGO DO FEIJÃO
APAGUE O FOGO DAS PANELAS
QUE A POESIA QUER CHEGAR
Chegar para encantar
Chegar para gritar
DESLIGUE O FOGO DO FEIJÃO
APAGUE O FOGO DAS PANELAS
QUE A POESIA QUER CHEGAR
APAGUE O FOGO DAS PANELAS
QUE A POESIA QUER CHEGAR
Chegar para alimentar
Chegar para baratinar
DESLIGUE O FOGO DO FEIJÃO
APAGUE O FOGO DAS PANELAS
QUE A POESIA QUER CHEGAR
Chegar para cavucar
chegar para encontrar
DESLIGUE O FOGO DO FEIJÃO
APAGUE O FOGO DAS PANELAS
QUE A POESIA QUER CHEGAR
Chegar para encantar
Chegar para gritar
DESLIGUE O FOGO DO FEIJÃO
APAGUE O FOGO DAS PANELAS
QUE A POESIA QUER CHEGAR
segredos
A estupidez desnuda
desnuda, desanima
faz fuga a rima
Rima de dois ideais
ideais, banais contamina
faz cálice dos segredos
Segredos que refletem o medo
medo queimado no prato
que se come a vida
Vida jogada no lixo
lixo é a própria vida
que se desfaz quente e muda
Muda, mudança, mudez
revela ideais, segredos
medo, prato, vida
Lixo muda mudança
quente esfria no prato vida
Prato vazio...
desnuda, desanima
faz fuga a rima
Rima de dois ideais
ideais, banais contamina
faz cálice dos segredos
Segredos que refletem o medo
medo queimado no prato
que se come a vida
Vida jogada no lixo
lixo é a própria vida
que se desfaz quente e muda
Muda, mudança, mudez
revela ideais, segredos
medo, prato, vida
Lixo muda mudança
quente esfria no prato vida
Prato vazio...
Tempo dos homens
A areia cai da ampulheta
O tempo desliza, o dia acaba
corre, corre, alcançar o tempo!!!
O tempo corre na frente , fica-se pra trás
Quer apanhá-lo?
Ele tá lá na frente fazendo fumaça
A areia tá acabando
Acaba depressa!!
Vira-se a ampulheta
recomeça
Como se o tempo fosse o mesmo
Mas não é
A areia que está dentro
vai e volta
mas o tempo dos homens
não volta
O tempo desliza, o dia acaba
corre, corre, alcançar o tempo!!!
O tempo corre na frente , fica-se pra trás
Quer apanhá-lo?
Ele tá lá na frente fazendo fumaça
A areia tá acabando
Acaba depressa!!
Vira-se a ampulheta
recomeça
Como se o tempo fosse o mesmo
Mas não é
A areia que está dentro
vai e volta
mas o tempo dos homens
não volta
Enlevar
Palavras, olhos, espera
submissão, pecado
sentimentos sufocantes
elevam o risco de enlouquecer
Horas vazias, sentido
desfigurado e as palavras
correm nos dedos
sujos de indecisão
Tecle a vida, tecle
a paixão
E um sentimento de
leveza pesado
na balança que
equilibra a razão
submissão, pecado
sentimentos sufocantes
elevam o risco de enlouquecer
Horas vazias, sentido
desfigurado e as palavras
correm nos dedos
sujos de indecisão
Tecle a vida, tecle
a paixão
E um sentimento de
leveza pesado
na balança que
equilibra a razão
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Você está contente?
Alguém cuida de você? É o bastante? É feliz? Dizem que não se pode querer mais nada da vida que valha à pena. Cuidar de alguém é o bastante.
Já leu o clássico de Eleanor H. Porter? Sempre com aquela singela noção de ver o outro lado das coisas. O positivo, claro. Imagine um adolescente percebendo este lado. Mas um livro deste tão clássico quanto a Biblia e o dicionário é impossível deixar de passar os olhos e congelar sorrisos.Só se for depois que o leitor adolescente ficar adulto.
Tudo é lindo e perfeito. Estou com câncer. Ai que lindo, posso agora usar as mais belas perucas.Minha filha casou cedo? Pelo menos parou de sair à noite. Perdi meu cãozinho, não preciso limpar o cocô dele.
Sorrisos congelados de botox no rosto e nas ideias também. Mas é bom. Não tem o lado bom? Enquanto isto o mundo cai, as guerras continuam a multiplicarem.E sorrisos de tudo bem "há males que vêm para o bem". E viva o folclore!
Não basta o estado tranquilo de ser protegido, mas o jogo do contente ganhou pelos jogadores
bem preparados: o comodismo, o otimismo e o tranquilismo. Existe esta palavra? Se não, fica inventada agora.
Já leu o clássico de Eleanor H. Porter? Sempre com aquela singela noção de ver o outro lado das coisas. O positivo, claro. Imagine um adolescente percebendo este lado. Mas um livro deste tão clássico quanto a Biblia e o dicionário é impossível deixar de passar os olhos e congelar sorrisos.Só se for depois que o leitor adolescente ficar adulto.
Tudo é lindo e perfeito. Estou com câncer. Ai que lindo, posso agora usar as mais belas perucas.Minha filha casou cedo? Pelo menos parou de sair à noite. Perdi meu cãozinho, não preciso limpar o cocô dele.
Sorrisos congelados de botox no rosto e nas ideias também. Mas é bom. Não tem o lado bom? Enquanto isto o mundo cai, as guerras continuam a multiplicarem.E sorrisos de tudo bem "há males que vêm para o bem". E viva o folclore!
Não basta o estado tranquilo de ser protegido, mas o jogo do contente ganhou pelos jogadores
bem preparados: o comodismo, o otimismo e o tranquilismo. Existe esta palavra? Se não, fica inventada agora.
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
De repente
É num dia comum que coisas
estranhas acontecem:
Na espera do ônibus
No estacionamento,
Dentro de um carro
Na fila do banco
No almoço de segunda-feira
No atravessar de uma rua
No salão e nas conversas
E...de repente...
Tudo se acaba
Ou se começa...recomeça
Novo destino
Antes:
Feche os olhos pra não ver
as três cruzes na estrada
o cavalo e a carroça pesada!
estranhas acontecem:
Na espera do ônibus
No estacionamento,
Dentro de um carro
Na fila do banco
No almoço de segunda-feira
No atravessar de uma rua
No salão e nas conversas
E...de repente...
Tudo se acaba
Ou se começa...recomeça
Novo destino
Antes:
Feche os olhos pra não ver
as três cruzes na estrada
o cavalo e a carroça pesada!
sábado, 3 de setembro de 2011
Rosto
Chega! Chega de cobrir com panos a poeira. Tudo que incomoda cobre-se. Cobre. Cobre o sentimento que não vinga, o desejo de aparecer, de ser visto e a vaidade de se expor.
Expor. Expor o que acha que te eleva. Existir é se expor. E o medo vem de se mostrar numa imagem não aprovada e ser rejeitado. As formas perfeitas podem não caber nesta imagem escondida.
Aparecer, mostrar o verdadeiro rosto, não o do espelho, é arriscado. Covardia. Por quê? O que poderá acontecer? A não ser que se dê tanta importância aos moldes fabricados pela perfeição. Quem estipulou regras de perfeição? O que é ser perfeito?
Tem que se ter opinião de tudo. E esta opinião tem que bater com as outras, criadas corretas. Seria bom se a mente fosse limpa como um computador com memória zerada, vindo de fábrica. Mas vai se colocando programas de acordo com suas necessidades e afinidades. Estas afinidades já estão na mídia: vidas, convenções. Ninguém tem uma idéia pura, nova e inovadora.
Já nasce programado a usar tal roupa, falar tal palavra, estudar tal coisa, comer, sentir, seguir saber, pensar , se relacionar.Quanta responsabilidade!
Rebelar-se? Não se conhece outro modo e ... Então o que você é realmente fica escondido. Não o que é escondido como poeira debaixo dos panos( são seus podres) mas o que está escondido atrás do espelho. O espelho não mostra sua verdadeira face. É o que você e todos vêem. O que você é de verdade não se mostra em espelhos.
Expor. Expor o que acha que te eleva. Existir é se expor. E o medo vem de se mostrar numa imagem não aprovada e ser rejeitado. As formas perfeitas podem não caber nesta imagem escondida.
Aparecer, mostrar o verdadeiro rosto, não o do espelho, é arriscado. Covardia. Por quê? O que poderá acontecer? A não ser que se dê tanta importância aos moldes fabricados pela perfeição. Quem estipulou regras de perfeição? O que é ser perfeito?
Tem que se ter opinião de tudo. E esta opinião tem que bater com as outras, criadas corretas. Seria bom se a mente fosse limpa como um computador com memória zerada, vindo de fábrica. Mas vai se colocando programas de acordo com suas necessidades e afinidades. Estas afinidades já estão na mídia: vidas, convenções. Ninguém tem uma idéia pura, nova e inovadora.
Já nasce programado a usar tal roupa, falar tal palavra, estudar tal coisa, comer, sentir, seguir saber, pensar , se relacionar.Quanta responsabilidade!
Rebelar-se? Não se conhece outro modo e ... Então o que você é realmente fica escondido. Não o que é escondido como poeira debaixo dos panos( são seus podres) mas o que está escondido atrás do espelho. O espelho não mostra sua verdadeira face. É o que você e todos vêem. O que você é de verdade não se mostra em espelhos.
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Sem título
Olhando mãos armadas no teclado. Falta o título. Uma canção falando de um pequeno índio inspira e o tema expira. Um dia isto aconteceria com tudo neste universo misterioso onde a distância fez do primeiro homem cópias imperfeitas.
Somos cópia da cópia da criação de um Ser que foi copiado. Quem somos? E insistimos em criar. Criar histórias, juntar átomos, combinar letras e sons. E daí?
E antes dos cientistas descobrirem a clonagem já éramos clones do primeiro ser vivo que evoluiu. Mas como no primeiro clone experimentado , algo deu errado. Busca-se a perfeição. Existe? No entanto o título é a perfeição? Que nada! Na maioria das vezes não é coerente com o texto. Os textos não deveriam ter títulos. Deveriam? Orientam mas não explicam tudo já que nada do que foi dito, explicado, criado, sonhado, vivido, almejado, escrito é original. Somos cópia do que nos atrai e do que já existe. Têm coisas ainda por vir é verdade, talvez a cura de uma doença, a perfeição do homem, o fim da guerra, da injustiça, da corrupção. Isto não estava nos planos do Ser. Estava? Mas mesmo tudo isto não faria jus a um título porque nada é por acaso dentro de uma falta de lógica que é a criação.
E o título deste texto seria: "Pra quê?" Quem sabe "Por quê?
Sabe aquela brincadeira telefone sem fio? Pois é, senta-se em círculo, uns dez participantes mais ou menos. Então um, o iniciante, fala algo no ouvido do outro e assim por diante vai se passando a mensagem até o último(sem que ouçam). Pede-se que este último diga o que ouviu. Você não acreditaria no que pode ouvir. Tudo deturpado e sem sentido. Este exemplo seria perfeito para explicar como ao longo dos séculos o homem distanciou da sua verdadeira forma.
E o texto é melhor sem título.
Somos cópia da cópia da criação de um Ser que foi copiado. Quem somos? E insistimos em criar. Criar histórias, juntar átomos, combinar letras e sons. E daí?
E antes dos cientistas descobrirem a clonagem já éramos clones do primeiro ser vivo que evoluiu. Mas como no primeiro clone experimentado , algo deu errado. Busca-se a perfeição. Existe? No entanto o título é a perfeição? Que nada! Na maioria das vezes não é coerente com o texto. Os textos não deveriam ter títulos. Deveriam? Orientam mas não explicam tudo já que nada do que foi dito, explicado, criado, sonhado, vivido, almejado, escrito é original. Somos cópia do que nos atrai e do que já existe. Têm coisas ainda por vir é verdade, talvez a cura de uma doença, a perfeição do homem, o fim da guerra, da injustiça, da corrupção. Isto não estava nos planos do Ser. Estava? Mas mesmo tudo isto não faria jus a um título porque nada é por acaso dentro de uma falta de lógica que é a criação.
E o título deste texto seria: "Pra quê?" Quem sabe "Por quê?
Sabe aquela brincadeira telefone sem fio? Pois é, senta-se em círculo, uns dez participantes mais ou menos. Então um, o iniciante, fala algo no ouvido do outro e assim por diante vai se passando a mensagem até o último(sem que ouçam). Pede-se que este último diga o que ouviu. Você não acreditaria no que pode ouvir. Tudo deturpado e sem sentido. Este exemplo seria perfeito para explicar como ao longo dos séculos o homem distanciou da sua verdadeira forma.
E o texto é melhor sem título.
Vidas
Hoje o vento sobrevoou os telhados mornos do sobrado. A tarde anunciava lembranças suaves e as vezes quentes de um dia que acabava. Dava lugar à noite fria e silenciosa de telhados molhados e iluminados por nesgas de luar.
Nos olhos de alguém pesa a vinda do sono. Esses olhos teimam em ficarem abertos para que o dia não acabe.
Prolongar o dia sem a presença do dormir retarda outro dia.
Nesse dia saiu a poeira dos cabelos lavados e o suor de letras mofadas. Levanta-se o alfabeto compondo a vida num jogo infinito de possibilidades.
Árvores, objetos, pessoas e outros seres animados ou não, histórias de todos os tipos nascem das letras como o homem do barro e não se tem certeza de nada do mistério da criação.
Letras, sílabas, sons, palavras, frases, texto, livro...universo, sons silêncio revoltam-se ressentidos pela insensata sabedoria que a tudo nomeia em atos e sujeitos, complementos escritos ou pronunciados.
E o universo silencia, se esvazia pela falta do pequeno átomo:letras. Cadê a vida? Onde está o vento? E a tarde? É noite? Que venha logo o dia.
Nos olhos de alguém pesa a vinda do sono. Esses olhos teimam em ficarem abertos para que o dia não acabe.
Prolongar o dia sem a presença do dormir retarda outro dia.
Nesse dia saiu a poeira dos cabelos lavados e o suor de letras mofadas. Levanta-se o alfabeto compondo a vida num jogo infinito de possibilidades.
Árvores, objetos, pessoas e outros seres animados ou não, histórias de todos os tipos nascem das letras como o homem do barro e não se tem certeza de nada do mistério da criação.
Letras, sílabas, sons, palavras, frases, texto, livro...universo, sons silêncio revoltam-se ressentidos pela insensata sabedoria que a tudo nomeia em atos e sujeitos, complementos escritos ou pronunciados.
E o universo silencia, se esvazia pela falta do pequeno átomo:letras. Cadê a vida? Onde está o vento? E a tarde? É noite? Que venha logo o dia.
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