Ele
matou
roubou
matou
olhos
mortos
vida
roubada
Roubou
vidas
sonhos
poupança
e paz
Ele
ri
calcula
programa
não será
condenado
Impunidade?
Lei estranha?
Escolhe
vota
pensa?
Um animal é
sacrificado
aprisionado
julgado?
quando
ataca
mata
fere
Mas
e o homem?
Mas os
prejudicados?
Podem matar?
se defenderem?
Postagem em destaque
Atraso
Tava pensando no atraso. Ele faz bem porque pode evitar um acaso sem culpa. Pode celebrar a vida no paraíso ou evitar a causa do falecido....
sábado, 30 de julho de 2011
domingo, 17 de julho de 2011
Vai chover?
O ano, dois mil e onze. O mês , Julho. O dia, dezesseis, sábado. A hora, vinte horas. O lugar, Goiânia. O bairro, Caravelas na feirinha.
Os personagens: pessoas, homens, mulheres, crianças. Cachorros também? Sim. E um gato negro de olhos de coruja, o Salém. Rato? É, um abelhudo. Não é bom apresentar uma barata! Mas o cão, o gato e o rato não estavam na feira. Personagens secundários de uma outra história.
Três dos personagens humanos, precisamente uma mulher, que não gosta de descrições, uma jovem de dezessete anos , filha da mulher e uma criança, um menino, neto dela. Claro que da mulher, né? Então. Saíram pra feirinha noturna na hora especificada. Entraram na barraca de pastel. Escolheram. Comeram. Pagaram e foram para uma sapataria em frente à feira. Resolveram o que tinham que resolver. A mulher ainda comprou uma sandália para o marido. A filha segurava o sobrinho, um menino de dois anos.
Quando a mulher saiu com a sacola de sapato e os pastéis sentiu gotas de um líquido frio nos cabelos. Pensou, sem entender, que poderia ser respingos vindos do andar de cima. Às vezes ao lavar, jogavam água.
Olhou a calçada molhada. Era chuva. Chuva? Olhou para o céu. Nenhuma nuvem, nenhum anúncio que iria chover. Só um céu estrelado. Que isto?
Todos espantados. O gerente da sapataria começou a correr para dentro. Todos espantados, se escondendo na farmácia. O gerente achou que era arrastão de bandidos porque semana passada teve tiroteio na feira. Um malandro queria assaltar uma barraca de dvd mas o dono, por incrível que pareça era
um policial e sacou a arma dando tiros pro alto. Os bandidos saíram correndo. A feira acabou. Mas desta vez o susto foi com a chuva.
A mulher diante de um fenômeno estranho achou que era um aviso e fez três pedidos.
Mas pense bem: mês de seca, nenhuma nuvem, nem vento, muito menos trovão ou relâmpagos. De onde veio a água? Estudou na escola o ciclo da chuva e sabia que era preciso de nuvem para chover. Explique.
Tem um ditado popular que diz que quando acontece uma coisa surpreendente pode chover. É que naquele dia, a mulher resolveu não implicar com a filha e imagine só, fez faxina na cozinha.
O Salém, o gato, o rato e a cachorrinha Moly entram agora nesta história.
Quando a mulher tava limpando o armário da pia da cozinha, um pouco antes da feira e da chuva, viu um rato. Ela pegou o Salém. Um enorme gato preto que tava dormindo no sofá da sala. Isto era dezesseis horas. Levou ele, molinho pra cozinha e o atiçou no rato. Que dó, mas era preciso. Imagina o que aconteceu? Salém correu, foi pra sala. Subiu no sofá, se enrolou e dormiu.
A cachorrinha Moly se incomodou com o barulho da mulher, filhas,vizinhos foi até o local numa calma só, futricou e acabou pegando o rato.
Deve ser por isto que choveu...ou por causa da faxina...ou por causa que a mulher não implicou com a filha!
A chuva foi mesmo esquisita!
Os personagens: pessoas, homens, mulheres, crianças. Cachorros também? Sim. E um gato negro de olhos de coruja, o Salém. Rato? É, um abelhudo. Não é bom apresentar uma barata! Mas o cão, o gato e o rato não estavam na feira. Personagens secundários de uma outra história.
Três dos personagens humanos, precisamente uma mulher, que não gosta de descrições, uma jovem de dezessete anos , filha da mulher e uma criança, um menino, neto dela. Claro que da mulher, né? Então. Saíram pra feirinha noturna na hora especificada. Entraram na barraca de pastel. Escolheram. Comeram. Pagaram e foram para uma sapataria em frente à feira. Resolveram o que tinham que resolver. A mulher ainda comprou uma sandália para o marido. A filha segurava o sobrinho, um menino de dois anos.
Quando a mulher saiu com a sacola de sapato e os pastéis sentiu gotas de um líquido frio nos cabelos. Pensou, sem entender, que poderia ser respingos vindos do andar de cima. Às vezes ao lavar, jogavam água.
Olhou a calçada molhada. Era chuva. Chuva? Olhou para o céu. Nenhuma nuvem, nenhum anúncio que iria chover. Só um céu estrelado. Que isto?
Todos espantados. O gerente da sapataria começou a correr para dentro. Todos espantados, se escondendo na farmácia. O gerente achou que era arrastão de bandidos porque semana passada teve tiroteio na feira. Um malandro queria assaltar uma barraca de dvd mas o dono, por incrível que pareça era
um policial e sacou a arma dando tiros pro alto. Os bandidos saíram correndo. A feira acabou. Mas desta vez o susto foi com a chuva.
A mulher diante de um fenômeno estranho achou que era um aviso e fez três pedidos.
Mas pense bem: mês de seca, nenhuma nuvem, nem vento, muito menos trovão ou relâmpagos. De onde veio a água? Estudou na escola o ciclo da chuva e sabia que era preciso de nuvem para chover. Explique.
Tem um ditado popular que diz que quando acontece uma coisa surpreendente pode chover. É que naquele dia, a mulher resolveu não implicar com a filha e imagine só, fez faxina na cozinha.
O Salém, o gato, o rato e a cachorrinha Moly entram agora nesta história.
Quando a mulher tava limpando o armário da pia da cozinha, um pouco antes da feira e da chuva, viu um rato. Ela pegou o Salém. Um enorme gato preto que tava dormindo no sofá da sala. Isto era dezesseis horas. Levou ele, molinho pra cozinha e o atiçou no rato. Que dó, mas era preciso. Imagina o que aconteceu? Salém correu, foi pra sala. Subiu no sofá, se enrolou e dormiu.
A cachorrinha Moly se incomodou com o barulho da mulher, filhas,vizinhos foi até o local numa calma só, futricou e acabou pegando o rato.
Deve ser por isto que choveu...ou por causa da faxina...ou por causa que a mulher não implicou com a filha!
A chuva foi mesmo esquisita!
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Inquietação
Há inquietação
em tudo que seca
Da língua presa
que não se desdobra
naquilo que diz
Há inquietação
No desejo de ser só
Do insistente aproximar
de gestos gentis
Há inquietação
Do ódio de si
pelo pássaro preso
na garganta
Dos morcegos
no coração
Há inquietação
Dos pés em brasa
Das palavras que
saltam de mãos vazias
Do silêncio
e o eco de palavras
presas
Palavras soltam
pássaros
acendem luz
espantam morcegos
derrubam besouros
banham de salmora calos
retiram paredes
desmanchando o eco
Todos os gestos
Secos
presos
infelizes
egocêntricos e ingratos
resumem-se em palavras
Palavras
Presas
na escrita
lida apenas
pelos olhos
sem pronunciar
uma única só palavra
E o silêncio...
em tudo que seca
Da língua presa
que não se desdobra
naquilo que diz
Há inquietação
No desejo de ser só
Do insistente aproximar
de gestos gentis
Há inquietação
Do ódio de si
pelo pássaro preso
na garganta
Dos morcegos
no coração
Há inquietação
Dos pés em brasa
Das palavras que
saltam de mãos vazias
Do silêncio
e o eco de palavras
presas
Palavras soltam
pássaros
acendem luz
espantam morcegos
derrubam besouros
banham de salmora calos
retiram paredes
desmanchando o eco
Todos os gestos
Secos
presos
infelizes
egocêntricos e ingratos
resumem-se em palavras
Palavras
Presas
na escrita
lida apenas
pelos olhos
sem pronunciar
uma única só palavra
E o silêncio...
segunda-feira, 4 de julho de 2011
Cabeça baixa
Sempre
cabresto
cabeça baixa
Carroça
pesada
cabeça baixa
Sol e sede
cabresto
cabeça baixa
Espera
cabresto
cabeça baixa
Chicotadas ardidas
olhos tampados
cabeça baixa
Direção comandada
pata machucada
cabeça baixa
Ninguém vê isto?
cabresto
cabeça baixa
Carroça
pesada
cabeça baixa
Sol e sede
cabresto
cabeça baixa
Espera
cabresto
cabeça baixa
Chicotadas ardidas
olhos tampados
cabeça baixa
Direção comandada
pata machucada
cabeça baixa
Ninguém vê isto?
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