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Atraso

Tava pensando no atraso. Ele faz bem porque pode  evitar um acaso sem culpa. Pode celebrar a vida no paraíso ou evitar a causa do falecido....

domingo, 17 de julho de 2011

Vai chover?

O ano, dois mil e onze. O mês , Julho. O dia, dezesseis, sábado. A hora, vinte horas. O lugar, Goiânia. O bairro, Caravelas na feirinha.

Os personagens: pessoas, homens, mulheres, crianças. Cachorros também? Sim. E um gato negro de olhos de coruja, o Salém. Rato? É, um abelhudo. Não é bom apresentar uma barata! Mas o cão, o gato e o rato não estavam na feira. Personagens secundários de uma outra história.

Três dos personagens humanos, precisamente uma mulher, que não gosta de descrições, uma jovem de dezessete anos , filha da mulher e uma criança, um menino, neto dela. Claro que da mulher, né? Então. Saíram pra feirinha noturna na hora especificada. Entraram na barraca de pastel. Escolheram. Comeram. Pagaram e foram para uma sapataria em frente à feira. Resolveram o que tinham que resolver. A mulher ainda comprou uma sandália para o marido. A filha segurava o sobrinho, um menino de dois anos.

Quando a mulher saiu com a sacola de sapato e os pastéis sentiu gotas de um líquido frio nos cabelos. Pensou, sem entender, que poderia ser respingos vindos do andar de cima. Às vezes ao lavar, jogavam água.

Olhou a calçada molhada. Era chuva. Chuva? Olhou para o céu. Nenhuma nuvem, nenhum anúncio que iria chover. Só um céu estrelado. Que isto?

Todos espantados. O gerente da sapataria começou a correr para dentro. Todos espantados, se escondendo na farmácia. O gerente achou que era arrastão de bandidos porque semana passada teve tiroteio na feira. Um malandro queria assaltar uma barraca de dvd mas o dono, por incrível que pareça era
um policial e sacou a arma dando tiros pro alto. Os bandidos saíram correndo. A feira acabou. Mas desta vez o susto foi com a chuva.

A mulher diante de um fenômeno estranho achou que era um aviso e fez três pedidos.

Mas pense bem: mês de seca, nenhuma nuvem, nem vento, muito menos trovão ou relâmpagos. De onde veio a água? Estudou na escola o ciclo da chuva e sabia que era preciso de nuvem para chover. Explique.

Tem um ditado popular que diz que quando acontece uma coisa surpreendente pode chover. É que naquele dia, a mulher resolveu não implicar com a filha e imagine só, fez faxina na cozinha.

O Salém, o gato, o rato e a cachorrinha Moly entram agora nesta história.

Quando a mulher tava limpando o armário da pia da cozinha, um pouco antes da feira e da chuva, viu um rato. Ela pegou o Salém. Um enorme gato preto que tava dormindo no sofá da sala. Isto era dezesseis horas. Levou ele, molinho pra cozinha e o atiçou no rato. Que dó, mas era preciso. Imagina o que aconteceu? Salém correu, foi pra sala. Subiu no sofá, se enrolou e dormiu.

A cachorrinha Moly se incomodou com o barulho da mulher, filhas,vizinhos foi até o local numa calma só, futricou e acabou pegando o rato.

Deve ser por isto que choveu...ou por causa da faxina...ou por causa que a mulher não implicou com a filha!

A chuva foi mesmo esquisita!

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