Será?

Hoje eu tava pensando sobre uma teoria de um filósofo que não me lembro o nome. Se referia aos opostos. Dizia este filósofo que tudo no mundo tem  somente seu oposto ou contrário. Assim exemplificava que a noite, o contrário era o dia, o feio-o bonito, o magro- o gordo, o alto- o baixo, Enfim , não há meio termo para ele. Mas pra quase tudo há o meio termo. Não só o bonito ou o feio. Há o mais ou menos. O escuro pode ter nuances claras do cinza.O dia ao chegar perto da noite surge  escurecendo devagar. E pra não alongar muito não há tudo ou nada mas o talvez. Não há o certo ou errado. Nem o triste em o alegre mas será que há o contrário de vida ou morte?

Pensando nisso percebe-se que estudos e mais estudos não comprovam nada e que o talvez traduz melhor a vida porque o tudo também não existe e o começo pode ser o fim mas o meio é o recomeço.
Começar pode passar pelo continuar e morrer é renascer.

Os opostos existem mas o intervalo é o que mais aparece.

Hoje o nada

Hoje sei que o que sou não é nada além do que não fui. É isso aí. O leitor não entendeu? Nem eu. Veio a minha mente esta frase. É sempre quando escrevo. As palavras vem sem pensar. Como alguém que toma a minha alma e dita. Recebo como que em transe. Não acredita? Eu não acreditava. Mas acontece que o nada se apossou porque ultimamente ninguém me dita nem uma sequer palavra e agora mesmo é nada este texto. Mas o nada é alguma coisa? Deve ser porque ele sempre prevalece, principalmente em dias frios, nos domingos de bebedeira e nas festas em família.

Hoje sei. Tudo que eu queria era dignidade e a aparência de ser feliz. Mas sempre olho ao meu lado e nunca dentro de mim. Vejo tudo o que eu queria pra mim sem denominar por uma palavra mesquinha que todos condenam e a recriminam como "inveja".

Hoje percebo. Que aquilo que eu achava que era pra mim não teria sentido agora. Não poderia ser assim. E não luto mais. Tento olhar o que de fato é meu ou que de fato se mistura ao meu mundo.

E nos dias frios o coração empalidece.
Nos domingos sempre acabam no começo de um bom dia.
Nas festas vem as conversas sem sentido do que se ter.

Estou lendo dois de uma só vez. Exercita o cérebro.

Estou amando.

Livro muito bom. Valeu o prêmio. Obs. Este não é o meu. Ele foi comido um pedaço pela minha cachorrinha Meg. Mas ela deixou boa parte ainda.

Atraso

Tava pensando no atraso. Ele faz bem porque pode  evitar um acaso sem culpa. Pode celebrar a vida no paraíso ou evitar a causa do falecido. Tem tempo que escrevo como que o esquecimento psicografasse idéias confusas e que não se familiarizasse com o que é crédulo Esqueço das mãos que pensam e desliso confusa na ortografia. Mas falava de quê mesmo? Ah sim: do atraso. Daquele atraso inesplicado promovido pelo correr do dia. Carma? Premonição talvez. 

Não era pra ser

Coisa
conspira
o teclado

Apagou tudo
o texto
do dia

saco

salve-se
quem puder

Não era pra ser

Assim é a
vida

Não era pra ser

Rotina

Corra
ansiedade
do que não vem

chega
abra o portão
guarde a página

É hora do real
mas não vire a história
não lamba os cartões postais

chegou a hora
não houve demora
o alvoroço do chegar

Cruze o laço do abraço
desfaça o nó da gravata
a porta abriu

uma mochila rolou
e a criança cantou
é sexta feira

Alegria!