Quando Maria se mudou, ela estranhou a nova casa, os vizinhos.
Tava arrumando a casa.Resolveu tomar banho. Era de noite. Vinte horas mais ou menos. O banho era de bacia. Maria e seus dois filhos não tinham o privilégio de possuirem água encanada. A casa tava por terminar e a janela do quarto não tinha vidros. Ali mesmo ela temperara a água na bacia. Seus filhos dormiam. Era uma menina e um menino dividindo uma só cama.
Maria rebuçou as crianças. Depois se despiu e entrou na bacia enorme. Sentiu a água morna, imaginou uma banheira. Um estranho olhou pela janela e gritou " Ô de casa!". Maria levantou-se depressa da bacia(banheira) e catou um velho lençol de saco que estava em uma cadeira, se enrolou e se escondeu detrás do velho guarda-roupa.Ela se desesperou, seu marido ainda não tinha chegado do trabalho. Pensou:"Quem será?" O medo foi crescendo.
Haviam falado que havia um doido na vizinhança. O homem insistia "Ô de casa?" Ela olhou disfarçada e viu um senhor vestido de terno preto, cabelos grisalhos. Ele tinha uma bengala que batia na janela.Tudo muito rápido. A janela era muito grande e sem vidros.
O homem desistiu e foi embora. Ela saiu do esconderijo com o coração disparado.
No dia seguinte ela comentou com a vizinha o fato. A vizinha falou que aquele senhor era só o Zito, o doido, mas que ele era inofensivo, só queria dar lhe boas vindas.
3 comentários:
Muitooooooo.... BOm !
Achei essa postagem muito boa.
Se me permites irei compartilha-lo no meu blog, mas deixando a referência!
Excelente, Lu. Fica a pergunta: será que doido era quem estava lá fora? Ou o mundo e seu medo?
Abs. f.
Muito bom, Lu... Tava com saudade de ler seus textos. Abraço.
Postar um comentário