Ela não via sentido em nada e pensava que os suicidas consumavam seus atos no domingo.
Tentava povoar seus dias com fantasmas para dar sentido ao real estado de sua lida sem nuances coloridas. O medo provoca. Ela não conseguia viver sem provocações.
O domingo é tão previsível e a ociosidade condena.
Dia banal e as sombras da noite surgem como areia em ampulheta. Como se a vida escorregasse devagarinho e se chegasse ao nada.
Vira-se a a ampulheta e a mesma areia volta a cair. Previsível, monótona.
Ela achava que o melhor do tempo era a noite , no silêncio do cansaço, por isto o domingo era tão chato,não havia cansaço nem silêncio.
O silêncio era para ela a voz de múltiplas linguagens. Amava a voz do silêncio porque era suave e calma e assim convocava os fantasmas a sairem provocando desconforto e confeccionando idéias.
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