Com o tempo as coisas ficam desbotadas. Como o papel de seda das bandeirolas de festa junina, como os retratos amarelecidos. Nas pessoas os olhos e a pele perdem o brilho, nas flores as pétalas descolorem. E no coração da humanidade é perdido os valores. Aquelas ideias e ideais desaparecem com o viço. E não há mais o frio nem o quente das inquietações, somente o morno e insosso do acomodo. Palavras não surpreendem, ações não são esperadas e a surpresa de uma chegada adormece num dia de pleno sol. Lágrimas também secaram o ardor de dias tristes ou alegres. O nada causa tranquilidade mas o tudo não se disolve por estar em estado brutalizado. As mãos não comandam ou não são comandadas pelo ardor de grandes ideias. O olhar é tímido para uma parede pintada de branco, não alcança um horizonte colorido.
Com o tempo tão desumano, tão carrasco mas tão necessário surgem novas vidas. Esfacelam outras. É a lei do tempo predador numa cadeia de novas vidas. Na natureza ,um círculo irrevogável. No tempo, ele mesmo o próprio círculo onde se foi num eterno reinício.
No retrato já não se reconhece. Reinicio.
Com o tempo tão desumano, tão carrasco mas tão necessário surgem novas vidas. Esfacelam outras. É a lei do tempo predador numa cadeia de novas vidas. Na natureza ,um círculo irrevogável. No tempo, ele mesmo o próprio círculo onde se foi num eterno reinício.
No retrato já não se reconhece. Reinicio.
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