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Atraso

Tava pensando no atraso. Ele faz bem porque pode  evitar um acaso sem culpa. Pode celebrar a vida no paraíso ou evitar a causa do falecido....

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

O nada está perdido

Vira e mexe tento escrever. Mas os dias estão menores. Queria falar de dias comuns, relatar leituras, impressões, opiniões. Mas o que penso já foi dito porque  o que penso vem do que leio e aprecio ou  traz repugnância. Duas palavras antônimas como quase tudo ou nada que é a vida. Choro por saber que os antônimos se atraem. E enquanto uns choram outros ...Outros nascem, outros... Mesmo assim muita coisa acontece sem previsões antônimas. Por exemplo?

Ler um bom livro,  inspirar em outros , mover os dedos no teclado e tentar escrever algo que não foi escrito. É possível? Parece que não mas vamos lá. Nestas férias li dois livros  inspirados em outras leituras de jornais, indicação de amigos, na net. Um policial, um de crônicas e o outro pra falar a verdade estou esperando desocupar( alguém em casa tá seguindo meus passos e atravessou na minha frente). Gosto de ler livros usados. Garimpo sebos pela internet e adoro esperar o correio entregar. Depois também pelo cheiro que eles têm. Cheiro de livro usado é gostoso. A gente imagina a pessoa que o leu. Também deixemos de romantismo é também pelo preço.

Destes dois livros o que mais gostei foi "Doidas e Santas" de Martha Medeiros. São crônicas escritas por ela  para um jornal famoso. Cem crônicas curtas, algumas com muito humor, outras parecendo resenhas de livros ou cinemas.  Muito boas, as que falam das coisas simples do dia    mas que mesmo tratando de coisas simples fazem pensar diferente. Nos deixam perplexos porque parece que foi a gente que escreveu. Cheguei a pensar que tinham roubado minha ideia pela tamanha afinidade que os textos têm com meu modo de ver a vida.

Vira e mexe tento escrever e em breve comentarei sobre algumas crônicas do livro "Doidas e Santas" porque tendo tentado dizer algo sempre há o novo. Me disseram que não poderia usar a palavra "sempre", porque é definitiva e quase nada é definitivo. Mas a palavra "nada" também é definitivo e tudo não deve ser nada. Entenderam? Nem eu. Tudo, nada, todos  ...

Mas que cheiro de livro usado é gostoso. Isso é.

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